Distrito Federal (25,6%) com o maior percentual de pessoas que realizaram testes em novembro. O menor percentual foi registrado no Acre (8,8%)

O número de pessoas que fizeram algum teste para diagnóstico da Covid-19 até novembro foi de 28,6 milhões. Desse total, cerca de 6,5 milhões testaram positivo para doença, o que corresponde a 22,7% das pessoas que fizeram teste e 3,1% da população. Os dados são da última edição da PNAD COVID19, divulgada hoje (23) pelo IBGE.

“Até o mês de novembro, 13,5% da população realizou algum teste para diagnosticar Covid-19. O Centro-Oeste apresentou a maior proporção de pessoas que testaram. A testagem também foi maior entre as pessoas declaradas brancas, de 30 a 59 anos de idade, mais escolarizadas e com maior nível de renda”, detalhou a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Viera.

Os exames mais realizados foram o SWAB, procedimento em que o material é coletado com cotonete na boca e/ou nariz do paciente (12,7 milhões) e o teste rápido com coleta de sangue por um furo no dedo (12,4 milhões). Outros 8,0 milhões fizeram o exame com sangue retirado na veia do braço. “O maior percentual de testes positivos foi registrado com o método SWAB (26,6%)”, disse ela.

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal (25,6%) continuou na liderança, com o maior percentual de pessoas que realizaram testes em novembro, seguido por Goiás (20,7%), Piauí (20,6%) e Amapá (16,9%). Os menores percentuais foram registrados no Acre (8,8%), Pernambuco (9,3%) e Alagoas (10,3%).

Número de pessoas que não seguem distanciamento social cresce e passa dos 10 milhões

O número pessoas que não tomou nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus cresceu 492 mil em um mês, chegando a 10,2 milhões de pessoas, o que equivale a 4,8% da população do país. Do mesmo modo, o grupo de pessoas que ficou rigorosamente isolado reduziu para 23,5 milhões, menos 2,8 milhões na comparação com outubro.

A maior parte da população (97,9 milhões) afirmou ter reduzido o contato com outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas, 9,7 milhões a mais na comparação com outubro. Já quem ficou em casa e só saiu em caso de necessidade somou 79,3 milhões. Esse número reduziu em 1,4 milhão de um mês para o outro.

Em cerca de 28,1 milhões de domicílios, algum morador recebeu auxílio emergencial

A pesquisa também mostra que em 41,0% domicílios ao menos um morador recebeu algum auxílio do governo para enfrentar a pandemia em novembro. No mês anterior, esse percentual foi de 42,2%. Foram atendidos cerca de 28,1 milhões de domicílios em novembro frente aos 29,0 milhões de outubro. O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 558 por domicílio.

“Esse percentual reduziu em todas as grandes regiões e na maioria dos estados”, disse Maria Lucia, detalhando que as regiões que têm mais domicílios com pessoas recebendo auxílio continuaram sendo Norte (57,0%) e Nordeste (55,3%). Entre os estados, o Amapá (70,1%) foi o com maior proporção, seguido do Pará (61,1%) e Maranhão (60,2%).

Entre os tipos de auxílio abordados pela pesquisa, estão o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e a complementação do Governo Federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

11,7% dos estudantes não tiveram atividades escolares em novembro

A PNAD COVID19 mostra, ainda, que em novembro, dos 46,3 milhões dos estudantes, de 6 a 29 anos, que estavam matriculados em escolas e universidades, 5,3 milhões (11,7%) não tiveram atividade escolar. A maioria, 39,5 milhões (87,5%), teve alguma tarefa ao menos uma vez na semana. Já o restante estava de férias (0,8%).

Entre os estudantes que tiveram atividades, mas não realizaram as tarefas, 204 mil (28%) alegaram falta de acesso à internet ou qualidade insuficiente como motivo, 169 mil (23,2%) disseram que não conseguiram se concentrar e 154 mil (21,2%) não tinham computador, tablet e celular disponível para acompanhar o conteúdo.

No Norte, 25,3% das crianças, adolescentes e jovens que frequentavam escola estavam sem acesso às atividades escolares para realizar, seguido do Nordeste (17,1%). Sul (3,7%), Sudeste (7,9%) e Centro-Oeste (6,0%) tiveram os menores percentuais. Na rede pública de ensino da Bahia, 38,2% dos alunos não tiveram tarefas, o maior percentual entre os estados do país.

Com informação Agencia de Noticias IBGE

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here