O comando da Marinha promoveu a
primeira mulher oficial general das Forças Armadas no Brasil. A
capitão de mar e guerra Dalva Maria Carvalho Mendes, 56, subiu para o posto de
contra-almirante após 32 anos de carreira militar.


Dalva Maria Carvalho Mendes subiu
para o posto de contra-almirante
 –simbolizado por duas estrelas– após 32 anos
de carreira militar
Dalva Mendes deixa a patente de
capitão de mar e guerra para assumir o terceiro posto mais importante da
Marinha. Com a promoção, estão acima dela apenas os ocupantes do cargo de vice-almirante
(três estrelas) e almirante de esquadra (quatro estrelas), atual topo da força.
Dalva Mendes faz parte do grupo
de oficiais, das três forças, que foi promovido pela presidente Dilma Rousseff
na última sexta-feira (23). O posto correlato ao da militar no Exército é o
general de brigada e na Aeronáutica é o de brigadeiro.
A
Marinha foi a primeira força a aceitar mulheres, em 1980. Dalva Mendes
ingressou na primeira turma do Corpo Auxiliar Feminino de Oficiais em 1981.
Ela
conta que estava no Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Pedro Ernesto,
da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), quando uma colega chegou com
a novidade da primeira seleção de mulheres da Marinha. Na época, lembra que
foram mais de 4.000 candidatas inscritas.
“Foi
uma grande oportunidade que a Marinha abriu para as mulheres, principalmente
porque naquela ocasião o mercado de trabalho estava um pouco restrito”,
conta.
Médica
anestesista, Dalva Mendes trabalhava atualmente como diretora da Policlínica
Naval Nossa Senhora da Glória, na Tijuca, zona norte do Rio. Com a promoção, a
contra-almirante ocupará inicialmente um posto na Escola Superior de Guerra, na
Urca, zona sul da cidade. Ela não confirma, no entanto, se permanecerá na área
da saúde.
Emocionada,
a contra-almirante não conteve as lágrimas na hora da cerimônia. “É como
se eu estivesse renovando votos de casamento com a Marinha. Aquela noiva
ansiosa, feliz, emocionada”, diz.
A
militar afirma que nunca sofreu preconceito na carreira e sempre contou com o
apoio dos colegas. Ela diz que alcançou o sonho profissional com “muito
trabalho”.
com informações: Folha de São Paulo

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