Rodrigo Maia foi voto vencido na reunião. Ele defendeu a possibilidade de os deputados do grupo de risco votarem remotamente e que a eleição fosse realizada no dia 2

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, em reunião nesta segunda-feira (18), que a eleição para o comando da Casa será no dia 1º de fevereiro em votação presencial. O encontro foi convocado por aliados do deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Casa, e os procedimentos definidos na reunião de hoje atendem uma demanda de seu grupo.

O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que defendia a votação remota, alertou para o risco de contaminação do novo coronavírus.

“Teremos que trazer parlamentares de 27 estados, que vão trazer e levar o vírus para seus estados. A impressão que dá é que nas próximas semanas teremos um aumento rápido dos casos. Foi por isso que queríamos remoto, mas a mesa divergiu”, afirmou.

A reunião ainda avaliou o caso de deputados do PSL que assinaram um documento declarando apoio a Lira na disputa pela presidência da Casa. Embora a direção do PSL tenha declarado apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente Rodrigo Maia, 32 deputados da legenda decidiram apoiar o alagoano – 17 deles estão com as funções partidárias suspensas por determinação da própria legenda.

O presidente do PSL, Luciano Bivar, 2º vice-presidente, pediu vistas e conseguiu adiar a decisão por duas sessões. Outros membros da mesa não concordaram em aceitar o pedido sob o argumento que ele quer ganhar mais tempo e “cercear a liberdade” dos membros do partido, que estão “sem voz”. Esse grupo vai se reunir com o corpo jurídico para analisar o que pode ser feito nesse caso.

“A Mesa Diretora funciona por maioria.  Na situação do PSL, há uma decisão monocrática de quase um ano que Maia afastou parlamentares do PSL de atividades da Câmara. A discussão na mesa das 32 assinaturas tem sido segurada arbitrariamente por um único membro. Há um parecer sobre isso que precisa ser analisado e ele não coloca para analisar. Não tenho dúvidas que será votado o parecer para que eles possam exercer seu direito de onde querem ir. O PSL já se expressou por maioria e eu espero que a mesa, por maioria, decida sobre os deputados”, afirmou Lira em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Os candidatos

Até o momento, sete deputados já anunciaram que pretendem disputar o cargo. Eleição que definirá novo presidente da Câmara será em fevereiro:

  • Alexandre Frota (PSDB-SP): Candidato avulso. Defende uma Câmara independente em relação ao Executivo e a abertura de processo de impeachment de Bolsonaro.
  • André Janones (Avante-MG): Candidato avulso. Promete pautar a volta do auxílio emergencial. Diz que menos de cinco deputados apoiam publicamente sua candidatura, mas calcula que pode chegar a 10 parlamentares nas eleições, que serão realizadas com voto secreto.
  • Arthur Lira (PP-AL): Tem apoio do Palácio do Planalto e fechou bloco com nove partidos (PL, PP, PSD, Republicanos, PROS, Podemos, PSC, Avante e Patriota), que somam 195 deputados.
  • Baleia Rossi (MDB-SP): Tem a candidatura articulada pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e conseguiu formar um bloco com 11 partidos (PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede), que somam 258 deputados.
  • Capitão Augusto (PL-SP): Candidato avulso. Coordenador da frente parlamentar de segurança pública, conhecida como a bancada da bala, tem conversado com deputados de “bancadas vocacionadas” – como a da segurança pública e a evangélica. Pretende lançar sua candidatura no dia 28 de janeiro.
  • Fábio Ramalho (MDB-MG): Candidato avulso. Tem investido no contato individual com os parlamentares. Pretende lançar a sua candidatura na semana que vem.
  • Marcel van Hattem (Novo-RS): Candidato oficial do Novo, partido que conta com 8 deputados Afirma que aposta no diálogo e está empenhado em construir pontes com os parlamentares.
Com informação Agência Câmara de Notícias

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