Além do trabalho voluntário, o bilionário coloca dinheiro próprio na causa dos venezuelanos

O empresário Carlos Wizard Martins, fundador da rede de idiomas Wizard, dono de uma das maiores fortunas do país, tem se dedicado a receber e acolher venezuelanos no Brasil. Desde agosto do ano passado, ele e a sua mulher, Vânia, montaram uma base em Boa Vista (RR), onde passam a maior parte da semana.

A ida para Roraima, Estado por onde entram o maior número de moradores do país vizinho, foi uma designação da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja mórmon, que o casal frequenta.

– A igreja nos indicou, eu e minha mulher, e aceitamos doar nosso tempo, recurso  e experiência. – disse o empresário à coluna. Segundo ele, até o fim de maio, a instituição já terá acolhido 3 mil venezuelanos.

É uma situação inteiramente nova. Não tinha nenhum contato, até então. Com isso, vivemos todos os dias histórias bem emocionantes. Um dos casos que me lembro bem foi quando demos um lanche para um senhor que havia acabado de cruzar a fronteira.  Ao ver a maçã que estava no kit, ele começou a chorar. Disse que não via uma maçã há três anos.

Além de tempo, Carlos investe dinheiro na causa. Em dezembro, fretou um avião de 118 lugares para levar os assistidos para outros Estados do Brasil, onde passaram a trabalhar. O empresário também atua como interlocutor junto ao governo federal. Ele integra o comitê da Casa Civil que discute o assunto dos venezuelanos e mantém diálogo com ministros e o próprio presidente Jair Bolsonaro. Nesta semana, virá a Brasília conversar com a ministra Damares Alves sobre o assunto.

A Venezuela reabriu, na semana passada, a fronteira com o Brasil. O fluxo de imigrantes vai aumentar. Se com a fronteira fechada estavam chegando cerca de mil pessoas.

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