O primeiro escalão do segundo governo (2019-2022) do governador Camilo Santana ainda mantém hegemonia do bloco político-partidário cirista-cidista

O governador Camilo Santana (PT) deverá criar o seu próprio grupo político-eleitoral, nos próximos quatro anos. O primeiro passo foi a construção da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará. A maioria dos integrantes era do bloco do ex-senador Eunício de Oliveira,  saíram da oposição para apoiarem a reeleição do governador Camilo Santana: Danniel Oliveira (Eunício de Oliveira), Aderlânia Noronha (Genecias Noronha), Patrícia Aguiar (Domingos Filho). Os camilistas puros são os seguintes parlamentares: Evandro Leitão e Fernando Santana. Os membros ciristas da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará: José Sarto e Leonardo Pinheiro.

O governador Camilo Santana (PT) deverá abrir um diálogo respeitoso e institucional com o novo bloco partidário oposicionista (PROS-PSL), sem a participação do senador Tasso Jereissati, como liderança oposicionista, pois o mesmo é aliado administrativo do Poder Executivo (Estadual). O deputado federal Capitão Wagner (PROS) deverá ser aliado institucional do governador Camilo Santana, em substituição ao ex-senador Eunício de Oliveira (MDB), na relação administrativa entre o Estado e a União. 

O deputado federal Domingos Neto (PSD) e o deputado federal Genecias Noronha (SD) serão aos poucos absorvidos no novo projeto de hegemonia política-institucional do governador Camilo Santana, nos próximos dois anos. Camilo Santana tentará ajudar os municípios, dos seus novos aliados, assim como os prefeitos ligados ao ex-senador Eunício de Oliveira. Estes fatos marcam   o surgimento do embrião da corrente política cearense camilista.

O Partido Social Liberal (seção local no Ceará) não tem interesse na manutenção da frágil oposição feita pelo o senador Tasso Jereissati (PSDB), no último pleito eleitoral ao Governo estadual. O PSL apoiou a eleição do senador Luís Eduardo Girão (PROS), já declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal Capitão Wagner (PROS), a prefeitura de Fortaleza, no próximo ano (2020). O governador Camilo Santana (PT) demonstrou enorme capacidade de transferência de voto no segundo turno da sucessão presidencial, para o seu candidato (Fernando Haddad) entre os eleitores fortalezenses. A neutralidade do governador Camilo Santana na eleição municipal de Fortaleza é o seu grande trunfo de negociação com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). 

Por/Luiz Cláudio Ferreira Barbosa (Sociólogo e consultor político).

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