A Odebrecht comprou em 2010 um imóvel em São Paulo para a construção de uma nova sede do Instituto Lula. Pelo menos é o que disseram três delatores da empreiteira na semana passada: Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias.
Os delatores afirmaram que o objetivo era comprar o imóvel e passar a construção para outras empresas. Entretanto, o trio disse que Lula não gostou do local e o projeto acabou não evoluindo. Mas mesmo isso não saindo do papel, Moro aceitou a denúncia.
Em nota, o Instituto Lula disse que não comenta “supostas delações”. A assessoria ainda acrescentou que o ex-presidente não pediu nenhuma vantagem indevida e sempre agiu dentro da lei.
“O terreno nunca foi do Instituto Lula e tampouco foi colocado à sua disposição. O imóvel pertence a empresa particular que lá constrói uma revenda de automóveis. Tem dono e uso conhecido. Ou seja, a Lava Jato acusa como se fosse vantagem particular de Lula um terreno que ele nunca recebeu, nem o instituto – que não é propriedade de Lula, nem pode ser tratado como tal, porque o Instituto Lula tem uma personalidade jurídica própria.”