O repasse de propina para os operadores financeiros do grupo liderado pelo ex-governador do Rio Sergio Cabral era feito pessoalmente pelos chamados operadores financeiros da quadrilha. Investigadores da Operação Calicute revelaram que quatro desses operadores recebiam os valores em dinheiro vivo e usavam mochilas antes de despositá-los em bancos ou de adquirirem bens, como lanchas e joias. Outra prática utilizada pelo grupo, segundo o MPF, foi o recebimento de dinheiro vivo acomodado em carros. As informações são do portal G1.
“As investigações mostram, por exemplo, Wagner Jordão, assessor do então subsercretário de Obras do Rio, Hudson Braga, sendo pego de carro pelo emissário da empreiteira Andrade Gutierrez nas proximidades da Secretaria Estadual de Obras. A pasta fica no prédio conhecido como Banerjão, no Centro do Rio. Enquanto, o veículo dava a volta no quarteirão, Jordão colocava o dinheiro em mochilas.
As investigações indicam que, por, pelo menos, cinco vezes, entre 2010 e 2011, Rafael Campelo, responsável indicado pela empreiteira Andrade Gutierrez para acompanhar as obras do chamado PAC das favelas, na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, agiu assim para entregar a propina ao grupo. Os pagamentos totalizaram R$ 1,876 milhão. Campelo revelou o esquema em depoimentos ao MPF homologados pela Justiça.”