A Delta, uma das mais importantes
financiadoras de partidos políticos, cresceu sobremaneira nos últimos anos
graças a inúmeros contratos com o setor público.
iminente CPI criada para apurar o caso, o governo decide fazer da Delta o seu
bode expiatório, anunciando a sua retirada de obras públicas previstas no Plano
de Aceleração do Crescimento (PAC).
No Brasil, as campanhas eleitorais são muito caras,
pois a competição entre partidos é acirrada e os políticos têm que cobrir
grandes extensões territoriais “
pois a competição entre partidos é acirrada e os políticos têm que cobrir
grandes extensões territoriais “
Trocam-se os atores, fica o script: capitalismo de
laços, na sua mais pura forma. Empresas fazem doações de campanha, e com isso
se ligam ao sistema político e ao governo em exercício. Em troca, recebem
capital estatal e acesso diferenciado a projetos públicos. Com o capital
estatal disseminado em diversas empresas, o governo direciona o setor privado
de acordo com suas estratégias. Um ciclo muito azeitado e que tem
espantosamente sobrevivido, firme e forte, a ondas de abertura econômica,
privatização, e eventuais “faxinas” dos mais diversos governos.
laços, na sua mais pura forma. Empresas fazem doações de campanha, e com isso
se ligam ao sistema político e ao governo em exercício. Em troca, recebem
capital estatal e acesso diferenciado a projetos públicos. Com o capital
estatal disseminado em diversas empresas, o governo direciona o setor privado
de acordo com suas estratégias. Um ciclo muito azeitado e que tem
espantosamente sobrevivido, firme e forte, a ondas de abertura econômica,
privatização, e eventuais “faxinas” dos mais diversos governos.
Na origem do problema, os financiamentos privados a
políticos. No Brasil, as campanhas eleitorais são muito caras, pois a
competição entre partidos é acirrada e os políticos têm que cobrir grandes
extensões territoriais. Os candidatos dependem das empresas para as suas
campanhas, e as empresas dependem dos candidatos eleitos para novas
oportunidades com o setor público. Delta, Carlinhos Cachoeira e os políticos
envolvidos são apenas casos particulares de um problema mais amplo. E nem
adianta proibir o financiamento privado de campanhas eleitorais, pois o “caixa
dois” continuará correndo solto.
políticos. No Brasil, as campanhas eleitorais são muito caras, pois a
competição entre partidos é acirrada e os políticos têm que cobrir grandes
extensões territoriais. Os candidatos dependem das empresas para as suas
campanhas, e as empresas dependem dos candidatos eleitos para novas
oportunidades com o setor público. Delta, Carlinhos Cachoeira e os políticos
envolvidos são apenas casos particulares de um problema mais amplo. E nem
adianta proibir o financiamento privado de campanhas eleitorais, pois o “caixa
dois” continuará correndo solto.
Uma simbiose produtiva para fortalecer o
empresariado nacional, dirão alguns. Mas a realidade é que, no Brasil, a
palavra de ordem cada vez mais é dançar a música do governo. Os mais conectados
continuarão com mais espaço na pista de dança. E o escurinho do salão
continuará abrigando as mais diversas conversas ao pé do ouvido.
empresariado nacional, dirão alguns. Mas a realidade é que, no Brasil, a
palavra de ordem cada vez mais é dançar a música do governo. Os mais conectados
continuarão com mais espaço na pista de dança. E o escurinho do salão
continuará abrigando as mais diversas conversas ao pé do ouvido.
Com informações: Época