Além de brigar por uma fatia maior dos recursos nacionais, o PSD vai também promover outras discussões como a divisão do tempo do horário eleitoral gratuito estipulado para o período eleitoral.
Para aguçar ainda mais o apetite voraz dos partidos políticos, eles começaram o ano eleitoral com uma verba recorde de R$ 324,7 milhões prevista para o Fundo Partidário. São R$ 100 milhões a mais do que o governo federal havia proposto para o fundo, que é considerado um instrumento para financiar campanhas políticas com recursos públicos.
Por este valor seriam R$ 16,2 milhões divididos entre os atuais 29 partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral, o que daria pouco mais de R$ 550 mil para cada um, independentemente do seu tamanho ou sua representatividade, o que leva por número de deputados federais eleitos, o valor dos outros R$ 308,5 milhões.
Os recursos extras para turbinar candidaturas em todo o país foram garantidos por parlamentares em uma articulação no Congresso, durante a tramitação do Orçamento de 2012, no fim do ano passado.
O incremento garantiu a previsão de R$ 16,6 milhões a mais para o PT, que deve receber neste ano eleitoral R$ 53,9 milhões. O PMDB, com a segunda maior fatia do Fundo Partidário, deve receber R$ 41,6 milhões. Os dois maiores partidos da base governista têm cerca de 30% dos recursos do Fundo Partidário. Já as duas maiores legendas da oposição, juntas, têm 20% do fundo. O PSDB receberá R$ 37,7 milhões e o DEM, R$ 24 milhões.
De acordo com a legislação eleitoral, o fundo pode ser usado para se alistar novos filiados, para as campanhas eleitorais, para a propaganda doutrinária e política e para a manutenção das sedes e serviços do partido. O aumento de R$ 100 milhões deverá beneficiar também fundações e institutos partidários, que são mantidos com verbas desse fundo.