Com 75,58% das urnas apuradas, está matematicamente rejeitada a criação do novo Estado do Tapajós por 69,09% dos 4.848.495 eleitores. Os paraenses foram às urnas, neste domingo, para decidir sobre divisão do território atual do Pará em duas novas unidades da federação: Tapajós e Carajás.
Pesquisas de opinião divulgadas no final da semana já apontavam a rejeição as propostas de divisão. Segundo um levantamento da Datafolha, mais 60% da população era contrária a ideia. Entre os entrevistados, 65% eram contrários a criação de Carajás, e 64% contrários Tapajós. A aprovação em ambos os casos era de 31%.
Campanha como famosos e tapas na cara
A campanha pelo “Sim” contou com o publicitário baiano Duda Mendonça, responsável por campanha exitosas de Lula e Paulo Maluf, as que resolveu se afastar dos holofotes após envolvimento no escândalo do mensalão em 2005. Ele teria assumido o marketing da campanha sem cobrar nada.
A campanha pelo “Sim” contou com o publicitário baiano Duda Mendonça, responsável por campanha exitosas de Lula e Paulo Maluf, as que resolveu se afastar dos holofotes após envolvimento no escândalo do mensalão em 2005. Ele teria assumido o marketing da campanha sem cobrar nada.
No começo, a discussão sobre funcionaria a divisão de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) com a criação dos novos Estados tomou corpo, mas logo o espaço foi tomado por canções sentimentais. Metade do programa do dia 18 de novembro foi dedicado exclusivamente aos temas musicais.
A reta final da campanha, a frente favorável a divisão usou imagens de pessoas levando um tapa no rosto, como símbolo do abandono ao qual estaria submetido o interior do Estado.
A campanha da frente contrária à criação dos Estados de Carajás e Tapajós recebeu apoio de diversas celebridades paraenses como a cantora Fafá de Belém e a atriz Dira Paes, que não cobraram cachê. O vídeo com o choro de Dira foi bastante usado na campanha, e Fafá usou o Twitter para defender a manutenção do Pará como está. Outro que se empenhou na campanha foi o jogador Paulo Henrique Ganso, do Santos, que doou camisetas autografadas para ajudar na campanha pelo “Não”.
Mas não foram todos os famosos que se colocaram contrários à divisão, o cantor Beto Barbosa, conhecido como rei da lambada, na década de 90, defendeu a criação dos novos Estados dizendo que o interior do Estado vive na escuridão da selva.
Tapajós
Caso tivesse sido criado, o Estado do Tapajós teria uma área total de 736 km², 58% da área total do Pará, com uma população de 1,3 milhão de habitantes, divididos em 27 municípios, sendo que a cidade de Santarém, com Produto Interno Bruto de R$ 7,6 bilhões, seria a possível capital do novo Estado.
Caso tivesse sido criado, o Estado do Tapajós teria uma área total de 736 km², 58% da área total do Pará, com uma população de 1,3 milhão de habitantes, divididos em 27 municípios, sendo que a cidade de Santarém, com Produto Interno Bruto de R$ 7,6 bilhões, seria a possível capital do novo Estado.
Argumentos
O principal argumento daqueles que eram favoráveis à divisão é o tamanho do Estado, o que tornaria inviável a administração e a economia. Durante a campanha, o presidente da Frente Pró-Tapajós, deputado federal Joaquim de Lira Maia (DEM-PA), dizia que era uma questão estratégica e citava a citava a divisão dos Estados do Mato Grosso, em 1977, e Goiás, em 1988, como exemplos bem sucedidos.
O principal argumento daqueles que eram favoráveis à divisão é o tamanho do Estado, o que tornaria inviável a administração e a economia. Durante a campanha, o presidente da Frente Pró-Tapajós, deputado federal Joaquim de Lira Maia (DEM-PA), dizia que era uma questão estratégica e citava a citava a divisão dos Estados do Mato Grosso, em 1977, e Goiás, em 1988, como exemplos bem sucedidos.
Já os que defendiam a manutenção do Estado como é atualmente, argumentavam que a divisão acarretaria em perda de riquezas, incluindo mineradoras e a hidrelétrica de Tucuruí. A frente contra a criação das duas novas unidades questionava a viabilidade econômica da empreitada, já que seriam necessários R$ 5 bilhões para a construção da nova estrutura burocrática.
com informações: Terra