Marqueteiro trabalhou nas campanhas presidenciais de Lula e Dilma
O juiz federal Sérgio Moro condenou o marqueteiro João Santana, a mulher dele e mais quatro réus em um processo da 23ª fase da Lava Jato. Entre os crimes citados na sentença estão corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (2).
João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, foram alvos da Operação Lava Jato, pela primeira vez, na 23ª fase, deflagrada em fevereiro de 2016. Esta etapa recebeu o nome de Acarajé, que era como os suspeitos se referiam ao dinheiro irregular, de acordo com a Polícia Federal (PF).
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), parte da propina paga a partir do esquema de corrupção existente na Petrobras foi destinada ao Partido dos Trabalhadores (PT) para pagar serviços eleitorais.
Na decisão, o magistrado ainda citou que o marqueteiro e a mulher dele confessaram em juízo as transferências, o contato com Zwi Skornick e João Vaccari e também os artifícios para ocultação e dissimulação das transferências como a utilização de conta off-shore no exterior e a simulação de contrato de prestação de serviços para conferir aparência lícita às transferências.
Veja quem são os condenados, crimes e penas
– Mônica Regina Cunha Moura – mulher de João Santana: 8 anos e quatro meses, lavagem de dinheiro
– Zwi Skornicki – operador: 15 anos, 6 meses e 20 dias, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, e organização criminosa
– João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT: 10 anos, corrupção passiva
– João Carlos de Medeiros Ferraz – ex-diretor da Sete Brasil: 8 anos e 10 meses, corrupção passiva e organização criminosa
– Eduardo Costa Vaz Musa – ex-gerente da Petrobras: 8 anos e 10 meses, corrupção passiva e organização criminosa.
Zwi Skornicki, Eduardo Musa e João Vaccari Neto foram absolvidos do crime de lavagem de dinheiro; João Santana e Mônica Moura foram absolvidos do crime do crime de corrupção passiva.
O ex-tesoureiro do PT já está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o juiz, ele não poderá recorrer em liberdade, caso consiga revogar a prisão anterior. Os demais condenados poderão recorrer em liberdade.
Informações: Noticias ao Minuto