Segundo
as declarações disponíveis no site oficial do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o candidato mais rico deste ano é Mauro Mendes (PSB), empresário de
metalurgia e ex-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso. Mendes,
que deseja ser prefeito de Cuiabá, tem um patrimônio declarado de 116,8 milhões
de reais, a maior parte de uma empresa chamada Bipar Investimentos e
Participações. Sua evolução patrimonial merece destaque. Quando foi candidato
em 2008, tinha 23,8 milhões de reais. Em 2010, quando disputou o governo, tinha
57 milhões. Hoje, Mendes é líder nas pesquisas eleitorais em Cuiabá e, segundo
levantamento publicado pelo site RD News na quinta-feira 12, seria eleito no
primeiro turno, com 47% dos votos.

Mauro Mendes (PSB), o candidato mais rico.

O segundo candidato
mais rico de 2012 é exemplo de que o brasileiro não tem preconceitos com a
riqueza. Marcio Lacerda, também do PSB, disputa a reeleição em Belo Horizonte
com um patrimônio de 58 milhões. Quando foi eleito, em 2008, Lacerda já era um
milionário, com patrimônio de 55 milhões de reais.

O terceiro colocado
na lista também vem do Centro-Oeste. É Reinaldo Azambuja, deputado federal
candidato em Campo Grande (MS). Filiado ao PSDB, ele vai liderar a primeira
candidatura própria dos tucanos na cidade após 20 anos de parceria com o PMDB.
Azambuja é integrante da bancada ruralista na Câmara e tem entre seus maiores
bens terras e cabeças de gado.
O empresário Carlos
Amastha (PP), candidato em Palmas, é o quarto mais rico, com patrimônio de 18
milhões de reais. Nascido na Colômbia e dono de shoppings centers, Amastha é
candidato pela primeira vez. Em sua declaração de patrimônio chamam a atenção
os 2 milhões de reais em espécie que ele diz possuir.
O deputado federal
ACM Neto (DEM) é o quinto candidato mais rico nas capitais. Seu patrimônio, que
nas eleições de 2010 era de 2,5 milhões de reais, passou para mais de 9 milhões
de reais atualmente. Segundo a declaração de bens, isso se deu por conta da
aquisição de cotas da TV Bahia, afiliada da Rede Globo no Estado. ACM Neto é um
dos diversos políticos com participação em emissoras de TV. Pela lei atual, que
é alvo de uma reforma paralisada há anos, um político pode ser sócio de uma
emissora de tevê ou rádio, mas não pode ser diretor. Há críticas quanto à
permissão pois o veículo de imprensa pode ser usado para favorecer o sócio e
prejudicar seus rivais.
Completam a lista dos
dez candidatos mais ricos nas capitais Gabriel Chalita (PMDB-SP), dono de 11,5
milhões de reais; João Castelo (PSDB-MA), com 8,5 milhões; Ratinho Júnior
(PSC-PR), 7,5 milhões de reais; José Maranhão (PMDB-PB), com 6,9 milhões; e
Mario Português (PPS-RO), com 4,9 milhões.
Cabe lembrar que
todos esses números são referentes às declarações que os próprios candidatos
entregam ao TSE. A Justiça Eleitoral pode solicitar os dados, mas não tem poder
para investigar como o patrimônio foi adquirido ou se há ocultação de bens por
parte dos candidatos, um papel que cabe à Receita Federal. A falta de
verificação dos dados faz com que os candidatos também entreguem declarações
cheias de erros. As simples exigência da declaração serve para aumentar a
transparência do pleito, o que é sempre bom, mas basta uma rápida pesquisa no
site do TSE para o eleitor verificar estranhezas. Eduardo Paes (PMDB),
candidato à reeleição no Rio de Janeiro, por exemplo, não declarou nenhum
imóvel em seu nome, apenas investimentos. Patrus Ananias (PT), concorrente do
milionário Lacerda em Belo Horizonte, disse não ter qualquer bem em seu nome.

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