Ex-senadora participou do lançamento do comitê mineiro do Movimento pela Nova Política em BH, com Heloísa Helena 
Marina Silva descarta criação de novo partido, mas Heloísa Helena admite a possibilidade

 A ex-senadora e candidata derrotada à Presidência da República, Marina Silva (sem partido), disse neste sábado (17) em Belo Horizonte que vai avaliar a vida pregressa e os atos das pessoas que quiserem seu apoio nas eleições municipais do ano que vem. O cuidado é para evitar associar seu nome a candidatos que possam ter desvios éticos ou processos na Justiça. Embora estivesse na Capital mineira para participar de ato de lançamento do comitê mineiro do Movimento pela Nova Política, Marina não quis assumir a criação de uma nova legenda – intenção assumida pela ex-senadora e vereadora em Maceió, Heloísa Helena (PSOL).

“O movimento é transpartidário, e o apoio vai do compromisso do programa e do testemunho de vida, daquele (candidato) que está se comprometendo com a plataforma do movimento. A priori não é uma questão por ser do PV, do PT, do PPS ou do PSDB. Vou apoiar de acordo com a coerência programática. Não serão apoios pragmáticos”, afirmou Marina.
A ex-senadora explicou que o movimento é suprapartidário e conta com a participação de pessoas da sociedade civil, universidades. “O compromisso que as pessoas têm que assumir é com a sustentabilidade e com a ética na política”, resume a militante.
Para Marina, o movimento é uma oportunidade para “discutir a política que está em crise”. “Infelizmente a política tem se tornado projeto de poder pelo poder. A gente não pode ter uma visão pragmática de que o movimento tem que ter uma finalidade eleitoral. Só merece participar de eleição, que discute ideias, propostas, quem tem objetivos para além da disputa do poder pelo poder”, avaliou a ex-senadora.
A criação de um novo partido, a partir do movimento que os aliados de Marina estão articulando por todo o país, é descartado, pelo menos por hora, pela ex-senadora, mas admitido pela vereadora de Maceió, Heloísa Helena (PSOL), que também participou do evento em BH.
“Se esse movimento puder culminar com a estruturação de um partido político, será muito bom para o aprimoramento da tão frágil da democracia representativa no Brasil.”, disse Heloísa. A vereadora do PSOL disse ainda que existe espaço no país para outras forças políticas. “O Brasil precisa é de um projeto que supere essa farsa da falsa polarização entre PT e PSDB” analisou.
“A maior parte dos partidos você já sabe quem são, aqueles que mandam e aqueles que estão próximos aos que mandam. Nós não temos a resposta nem a fórmula, mas estamos nos dispondo a fazer o debate para encontrar o caminho”, completou Marina.
Questionada como avaliava o desempenho do primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff, Heloísa Helena respondeu que era a continuidade do Governo Lula. Porém, não deixou de fazer críticas. “O Governo Dilma a gente sempre torce para que dê certo, por que o ‘quanto pior, melhor’ não atinge as excelências deliquentes, quem rouba os cofres públicos impunemente. Quem concorda com esse modelo econômico está feliz. Torço que dê certo, por que se der certo é bom para a grande maioria do povo brasileiro”, afirmou a vereadora.
Com informações:  Hoje em Dia

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