Nota foi divulgada nesse domingo, após repercussão negativa de encontro entre ela e o presidente Temer, em encontro fora da agenda oficial, no Palácio do Jaburu

Além de reafirmar que o encontro entre a procuradora-geral da República nomeada, Raquel Dodge, e Michel Temer, no Palácio no Jaburu, foi para tratar de questões institucionais, a nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nesse domingo (13), também esclareceu que a posse dela ocorrerá no auditório do órgão, no dia 18 de setembro, e não mais em cerimônia no Palácio do Planalto, como havia sugerido o presidente.

“A procuradora-geral nomeada também fez ver ao presidente ser próprio e constitucionalmente adequado que a posse fosse dada na sede da Procuradoria Geral da República”, diz parte do texto.

A decisão foi divulgada após a repercussão negativa na reunião entre Dodge e Temer, na última semana, às 22h, fora da agenda oficial e no mesmo dia em que o presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspeição do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, em casos relacionados ao chefe de Estado.

No entanto, ainda na nota, a PGR informou que o encontro estava na agenda de Dodge e que foi solicitado por ela, com o objetivo de acertar detalhes de sua posse.

“Os fatos que motivaram a reunião são institucionais. O Presidente viajará aos Estados Unidos antes da data de abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 19 de setembro, tradicionalmente feita pelo Brasil. O mandato do atual PGR terminará no dia 17 de setembro. Com isso, caso a posse ocorresse apenas após a viagem presidencial, o Ministério Público da União (MPU) ficaria sem titular para o exercício de funções institucionais junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a partir do dia 18 de setembro”, diz trecho na nota.

A assessoria de Temer defendeu que a posse ocorresse no Planalto para simbolizar uma reaproximação entre o Executivo e o Ministério Público, depois do desgaste causado entre o presidente e Rodrigo Janot, autor de denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva.

Especulações também dão conta de que Temer está agendando um número maior de encontros no Palácio do Jaburu, na tentativa de demonstrar que a reunião com Joesley Batista, em que foi gravado pelo empresário e, posteriormente, delatado, são normais.

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