O montante corresponde a R$ 5,4 milhões, se corrigido em valores médios da época. Segundo o delator, a empreiteira não pediu nada em troca a Serra

O ex-presidente do grupo Odebrecht Pedro Novis revelou em seu acordo de delação premiada que pagou dois milhões de euros de caixa dois ao senador José Serra (PSDB) em 2006 e 2007, para a campanha ao governo de São Paulo, que ele disputou e ganhou. Segundo o depoimento de Novis, o dinheiro foi depositado em contas na Suíça indicadas pelo empresário José Amaro Pinto Ramos.

Serra declarou à Justiça eleitoral um gasto total de R$ 25,9 milhões na eleição de 2006, e não foram mencionadas doações da Odebrecht.

Delatores da Odebrecht disseram à Lava Jato que Serra recebeu R$ 23 milhões em contas na Suíça em 2010. O valor teria sido usado na campanha daquele ano, que o parlamentar perdeu para Dilma Rousseff (PT). A Justiça eleitoral registra que foram doados R$ 2,4 milhões pela empreiteira ao candidato.

O senador nega as acusações. “Enquanto não forem abertos os sigilos dos depoimentos dos delatores investigados, é impossível apresentar qualquer comentário ou defesa, pois não se pode confirmar sequer o conteúdo das informações”, completou o tucano.

Sobre o repasse de R$ 23 milhões em 2010, Serra disse que a campanha foi conduzida dentro da legalidade, mas afirmou que o partido era o responsável pelas finanças.

A Odebrecht disse que “não se manifesta sobre o teor de eventuais depoimentos de pessoas físicas, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça”.

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