Informações recolhidas durante investigações demonstram a “munição” que o ex-deputado tem nas mão – “se ele fizer o que disse que ia fazer, vai sobrar pouco da República”

A pressão para que Eduardo Cunha (PMDB) feche acordo de delação premiada aumentou após a deflagração, pela Polícia Federal (PF), da “Operação Cui Bono?”

A “Cui Bono?” – expressão que vem do latim e significa “a quem beneficia?” -, se baseia em informações encontradas em um celular em desuso apreendido pela polícia, em dezembro de 2015, na residência oficial do presidente da Câmara. Na época, era o deputado cassado Eduardo Cunha que morava no local.

Há quem acredite que o ex-deputado não teria deixado esse aparelho para trás de forma impensada, já que ele continha tantos dados comprometedores. Para pessoas próximas a Cunha, a situação pode ter sido planejada por ele, para despertar nos investigadores a necessidade de elucidar questões pertinentes à Operação Lava Jato.

Segundo relatório da PF, as informações contidas no celular apontam pormenores de conversas sobre aprovações de crédito em bancos públicos e votações de projetos na Câmara. Elas comprovariam a formação de um esquema de fraudes que envolvia políticos, funcionários da Caixa, empresas e empresários.

O teor das conversas divulgadas em relatório da Polícia Federal reforça a tese de que Cunha detém informações explosivas sobre negociatas fechadas entre o primeiro escalão do PIB, o Congresso e órgãos do governo federal.

As mensagens encontradas no telefone antigo de Cunha arrastaram ao menos três setores para o centro da Lava Jato: frigoríficos, com destaque para o grupo que gerencia a Friboi, concessionárias de rodovias e imobiliário.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here