Após o primeiro ano de batalhas no Congresso, as eleições municipais e a provável reforma ministerial devem ditar o tom da relação entre o governo da presidente Dilma Rousseff e o Parlamento em 2012.

A presidente Dilma tem maioria folgada na Câmara e no Senado. Mas foi justamente a base que criou problemas durante este ano, como o polêmico texto do Novo Código Florestal, aprovado por deputados, que desagradou o governo e o motivou a participar ativamente das negociações no Senado para mudá-lo.
Para contornar as situações mais tensas com a base, o governo Dilma contou com a participação do vice-presidente Michel Temer, que teve postura mais ativa nas articulações políticas, se comparada a de outros vices após a redemocratização.
Com forte influência sobre o PMDB, partido do qual é presidente licenciado, Temer atuou nas negociações da regulamentação da Emenda 29 e também do Código Florestal, quando o projeto ainda tramitava na Câmara, entre outros.
O Executivo também teve de se esforçar na votação da regulamentação da Emenda 29 que define gastos com a saúde nos três níveis de governo para reverter a simpatia que senadores aliados tinham por um texto que obrigaria a União a destinar 10 por cento de sua receita à área.
O simples fato de a regulamentação ter ido à votação no Senado já pode ser considerada uma derrota para o governo, que não queria correr o risco de ter que assumir mais gastos.

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