A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (16) que o seu governo será de “tolerância zero para malfeitos” e não vai permitir interferência de partidos políticos sua gestão. A presidente falou durante café da manhã de confraternização com os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

Presidente afirma que sua gestão tem ‘tolerância zero’ para malfeitos
– Vou exigir que os critérios do governo sejam internos e que nenhum partido político interfira nos critérios do governo. É importante ter governabilidade. Assim que alguém for indicado para o governo ele presta contas para o governo [e não para o partido].
A declaração da presidente ocorre em um momento em que crescem as especulações sobre uma reforma ministerial que seria feita em janeiro e que estaria gerando uma disputa entre os partidos da base do governo por mais espaço na Esplanada. Bem-humorada, a presidente tocou no assunto.
– Vocês [jornalistas] falam da reforma mas ninguém veio me perguntar se eu vou fazer a reforma. Eu acho engraçado isso. Vocês vão se surpreender com a resposta. Não é isso que faz diferença no governo. Há ministérios com responsabilidades imensas, como Fazenda e Saúde e há ministérios com imensas responsabilidades políticas, como da Política para Mulheres e Igualdade Racial.
As especulações sobre uma grande reforma ministerial cresceram no segundo semestre deste ano com a troca de ministros na gestão Dilma. Seis dos sete ministros que foram substituídos deixaram o cargo após denúncias de irregularidades nas suas pastas. A presidente foi questionada se mudaria os critérios para a futura escolha dos ministros, se exigiria uma “ficha limpa” dos postulantes.
– Eu tenho critério para escolher ministros. Houve problemas específicos em cada área. Não tenho como dizer que isso não vai voltar a acontecer, mas vou tomar todos os cuidados para que não aconteça, porque eu tenho um controle relativo. Mas o meu governo tem tolerância zero para malfeitos. 
Dilma Rousseff deixou claro que o seu desejo é tornar o governo mais profissional e negou que tenha sofrido ingerência política dos partidos da base.
– Não acho que os partidos tenham tido ingerência dentro do meu governo. Houve tentativas. […] Nós temos que fazer a profissionalização do Estado brasileiro. Há áreas que são extremamente profissionalizadas como o Itamaraty, a Receita, o Exército. Mas isso precisa se estender. Precisamos de um governo ágil.

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