A eleição de fevereiro vai definir quem comandará o Senado pelos próximos dois anos
O PDT, com três senadores, declarou apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado. Com isso, os partidos que manifestaram apoio público ao candidato do DEM somam 41 senadores, quantidade suficiente para uma vitória na disputa de fevereiro, desconsiderando traições.
O apoio do PDT já estava precificado por Pacheco, candidato do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A oficialização, porém, era aguardada para fazer o concorrente chegar aos 41 votos. Além do PDT, o senador do DEM também garantiu apoio do maior partido de oposição no Senado, o PT, que tem seis integrantes.
Em nota, a bancada tentou desvincular o apoio à concordância com pautas defendidas por Rodrigo Pacheco, candidato que conta com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro na sucessão do Senado. “Esse apoio não representa um apoio automático da bancada pedetista às pautas defendidas por todos os partidos que estão na base da candidatura do senador Rodrigo Pacheco.”
A eleição de fevereiro vai definir quem comandará o Senado pelos próximos dois anos. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) será a adversária de Pacheco na eleição. O grupo que chegar ao poder terá influência direta na eleição presidencial de 2022, cenário destacado pelo PDT ao oficializar o apoio ao candidato do DEM.
De acordo com a bancada do PDT, o País tem a tarefa de superar a pandemia de covid-19, recuperar a economia, “garantir a estabilidade institucional e democrática e preparar um clima saudável e equilibrado para as eleições de 2022”. Para o partido, Rodrigo Pacheco reúne características para uma condução “firme, independente, porém serena, madura e visando acima de tudo os interesses do País.”
Alianças
Com o PDT, já são nove os partidos fechados Pacheco – DEM, PSD, PT, PL, PROS, Republicanos, PSC e Progressistas. Juntas, essas legendas somam 41 senadores – quantidade de votos suficientes para dar uma vitória na disputa. Nem todos os integrantes das bancadas, porém, vão seguir seus partidos. No dia da eleição, a votação é secreta.
No Progressistas, por exemplo, o senador Esperidião Amin (SC) declarou voto em Simone Tebet. Pacheco, por sua vez, conta com dois votos do Podemos, que anunciou aliança com a candidata do MDB, e quatro no PSDB, que liberou os integrantes para votar em qualquer candidato.
Até o momento, a candidata do MDB garantiu o apoio do Podemos e do Cidadania, além do próprio partido. Essa aliança soma 27 senadores, desconsiderando as dissidências.
Nos próximos dias, os dois candidatos vão tentar atrair os três partidos que ainda não anunciaram apoio oficial: Rede (2 senadores), PSL (2) e PSB (1). No PSL, Major Olimpio (SP) é candidato. Outro que corre por fora é Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Os dois tendem a manter a candidatura como forma de protesto e, no dia da eleição, declarar voto em Simone Tebet.