Eike Batista, que deve ser preso ao desembarcar no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (30), só não foi detido nos Estados Unidos porque seu retorno ao Brasil foi negociado com a Polícia Federal, o que fez com que a Justiça brasileira não pedisse a detenção às autoridades norte-americanas, evitando assim um longo processo de extradição.
A Polícia Federal decidiu que, se Eike Batista não cumprisse o acordo de se entregar, o pedido de prisão dele nos Estados Unidos seria feito imediatamente Departamento de Recuperação de Ativos Financeiros (DRCI), órgão do Ministério da Justiça. Ou seja, a demora em não prendê-lo em solo americano foi proposital.
Apesar do alerta na Interpol, a Constituição dos Estados Unidos exige que o país interessado faça um pedido específico ao MP local.
O pedido de prisão preventiva do ex-bilionário foi expedido em decorrência das investigações da Operação Eficiência, que é um desdobramento da Lava Jato.