Estados como São Paulo (13,1%), Rio (14,6%), Bahia (16,2%) e Pernambuco (16,7%) tiveram taxas que superaram a média do país

Quatorze estados brasileiros registraram taxa de desemprego acima da média nacional de 11,9% no terceiro trimestre deste ano, divulgou o IBGE na manhã desta quarta-feria (14).

Segundo dados da Pnad Contínua Trimestral, pesquisa de emprego de abrangência nacional do instituto, estados como São Paulo (13,1%), Rio (14,6%), Bahia (16,2%) e Pernambuco (16,7%) tiveram taxas que superaram a média do país.

O Amapá, com desemprego de 18,3% no terceiro trimestre, foi o estado cuja desocupação foi a mais alta, seguido de Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%).

Apesar de a taxa acima da média em 14 das 27 unidades da federação no terceiro trimestre, o desemprego ficou estável em 21 estados.

O desemprego fechou o trimestre encerrado em setembro em 11,9%, queda frente ao trimestre imediatamente anterior, terminado em julho (12,3%), e também um ano antes, no trimestre encerrado em setembro de 2017, quando a taxa esteve em 12,4%. O desemprego atingia em setembro deste ano 12,5 milhões de pessoas.

Na Pnad Contínua Trimestral, o IBGE divulga dados mais detalhados a respeito das taxas de desemprego divulgadas mensalmente pelo instituto.

De julho a setembro deste ano, 27,3 milhões de pessoas integravam o contingente na chamada subutilização da força de trabalho, indicador que agrega os desocupados, pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais e os que tinham idade e desejo para trabalhar, mas que não podiam, por algum motivo, assumir um posto de trabalho.

Esse contingente se manteve estável em relação ao apurado no trimestre imediatamente anterior, quando faltou trabalho para 27,6 milhões de pessoas.

Também ficou estável o número de pessoas desalentadas no país. O desalento é quando a pessoa desiste de procurar emprego depois de tentar sem sucesso.

O país tinha 4,78 milhões de desalentados no terceiro trimestre, volume estável em relação ao segundo trimestre, quando 4,83 milhões de pessoas estavam nessa situação, número recorde na série histórica iniciada pela Pnad Contínua em janeiro de 2012.

Há um ano, o contingente de desalentados era de 4,24 milhões de pessoas.

A manutenção em patamar baixo na atividade do mercado de trabalho e a paralisação das contratações em meio a incerteza eleitoral deste ano fizeram com que o país registrasse índices altos de desalento.

Na Bahia, por exemplo, o desalento atingiu 794 mil pessoas em setembro, enquanto no Maranhão o contingente esteve em 523 mil pessoas.   

Apesar de por motivos ruins, a taxa de desemprego vem desacelerando no último ano no país em razão principalmente do trabalho informal que vem ocupando espaço do que antes eram trabalhos formais, que são aqueles com carteira assinada e que são protegidos pela legislação trabalhista, que garante mais estabilidade para o empregado.

A geração de vagas informais e o fato de muitas pessoas deixarem a fila do desemprego, seja por desalento ou por algum outro motivo, tem feito cair a taxa oficial de desocupação.

No terceiro trimestre, 74,1% dos trabalhadores no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Os menores percentuais de formalização estiveram nas regiões Nordeste (58,7% dos trabalhadores no setor privado) e Norte (60,7%).

Maranhão (51,1%), Piauí (54,1%) e Paraíba (54,9%) apresentaram os menores percentuais de formalização, contra Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (82,8%) e São Paulo (81,1%), que tiveram os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada.

Enquanto o trabalho de carteira assinada ficou estável no terceiro trimestre, o trabalho sem carteira aumentou 4,7% frente ao trimestre imediatamente anterior, com 522 mil pessoas a mais nessa condição no período.

Maranhão (48,9%), Piauí (45,9%) e Paraíba (45,1%), portanto, apresentaram os maiores índices de trabalhadores sem carteira assinada.

A Pnad mostrou ainda que o indicador de desemprego foi maior entre mulheres do que entre homens, apesar de elas serem maioria entre a população em idade para trabalhar (52,3% da força de trabalho).

Os homens representavam 56,3% da população ocupada no período. O nível de ocupação entre homens foi de 64,3%, enquanto o das mulheres foi de 45,4%.

Considerando a população desocupada– pessoas sem emprego, mas em busca de colocação–, mulheres eram maioria. No terceiro trimestre, 51,1% dos desocupados no país eram mulheres.

Com informações da Folhapress.

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