Sessão para analisar processo contra Temer está marcada para as 9 horas desta quarta-feira

Parlamentares do governo e da oposição têm estratégias diferentes para a votação da segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, marcada para amanhã (24). A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) de formação de quadrilha e obstrução de Justiça. O Planalto nega todas as acusações.

Deputados da base acreditam que o governo conseguirá mais votos do que na votação da primeira denúncia. Naquela ocasião 263 parlamentares rejeitaram o pedido de investigação de Temer pelo Supremo Tribunal Federal pelo crime de corrupção passiva.

O vice-líder do PMDB deputado Carlos Marun afirmou que três fatores dão a certeza da vitória do governo: a fragilidade da denúncia, as investigações envolvendo a delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista que amparam a denúncia do ex-procurador-geral Rodrigo Janot e a recuperação da economia.

“O presidente Temer está fazendo bem ao Brasil, então esse conjunto faz com que tenhamos a certeza da vitória e a confiança que faremos ainda mais votos”, disse Carlos Marun.

Já oposição quer adiar a votação para a próxima semana e pretende não dar quórum para abrir a sessão de amanhã. Para que a votação da denúncia comece no Plenário é necessária a presença de 342 parlamentares. Os deputados acreditam que, ao adiar a votação, vão conseguir mais parlamentares contrários ao parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrade (PSDB-MG), que pede a rejeição da denúncia do Ministério Público.

O líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), acredita que o governo não tem votos para abrir a sessão. “O governo não tem os 342 votos necessários e nós da oposição ainda não chegamos aos 342, mas podemos chegar. Acreditamos que, se amanhã a sessão cair, com mais uma semana ou dez dias nós conseguiremos criar o ambiente necessário e contaminar de forma positiva nossa população contra Temer”, disse o parlamentar.

Com informações: Agência Câmara

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